20 junho 2017

propostas para as florestas portuguesas (mais um post de pescada)

Para não ser menos que os outros, deixem-me falar do que não sei: depois de assistirmos com horror às trágicas consequências do que tem sido feito na área dos recursos florestais, e tendo consciência que esta desgraça se pode/vai repetir em breve noutras regiões do país, que acham da ideia de reconverter os terrenos que já foram apanhados pelo fogo, reintroduzindo a antiga floresta portuguesa, essa que existia antes do desvario da monocultura do pinheiro e do eucalipto?

Continuando a falar sem saber nada, proponho que:
 
- Não seja permitido plantar pinheiros ou eucaliptos nos terrenos ardidos - particularmente nos terrenos próximos de zonas habitadas.
- Haja um plano (com jeito, até podia ser apoiado pela UE) para plantar nos terrenos ardidos as árvores de espécies tradicionais portuguesas (e especialmente as menos propensas à propagação de incêndios).
- Os produtores de pinheiro e eucalipto sejam obrigados a plantar barreiras de ciprestes que impeçam a propagação do fogo para lá das propriedades que exploram, ou pelo menos a ter um seguro que cubra os custos de um incêndio que tenha sido transportado pelas suas árvores.
Gosto particularmente da ideia do seguro: se os produtores forem responsabilizados pelos danos e tiverem de tomar medidas para estar em condições de cobrir os prejuízos, as contas da rentabilidade da produção de pinheiro e eucalipto passam a incorporar todos os custos, e não apenas os da produção. 
 
(Onde é que me posso inscrever na lista de candidatos a Secretário de Estado das Florestas? Bem sei que já tenho dez milhões à minha frente, mas não custa nada tentar.)

1 comentário:

Lucy disse...

apoio e subscrevo a tua candidatura. Se calhar até corria bem termos long distance governantes.