29 junho 2017

num dia é o Lobo Antunes, no outro é o Salvador Sobral...

Comentando no facebook o meu post sobre o Lobo Antunes e o Dinis Machado, uma amiga dizia-me que agora queria ver como defendo o Salvador Sobral. Ora, esse é ainda mais fácil de defender, porque não dá a menor margem para dúvidas sobre aquilo ao que vem: é um brincalhão bem-disposto. Depois de o ter visto, após vencer o festival da Eurovisão, a interromper a canção para dizer à frente de 180 milhões de pessoas "na verdade, isto estava tudo comprado, pá", não podemos ter ilusões. O homem é assim, pronto.

Deixo aqui dois exemplos do seu estilo com o público: bem-disposto, espontâneo e sem filtros.




Ninguém é obrigado a gostar. Mas faz-me impressão esta onda de lhe querer impor uma formatação.
Um dia que seja para lhe criticar traços de mau carácter, falamos outra vez. Até lá, deixem-no em paz a ser quem é.

Tanto mais que: pode alguém ser quem não é? E que ganha o mundo em impor máscaras, formatações e normalizações às pessoas que se evidenciam em determinada área? E que nos deve o Salvador Sobral a nós, que dívida tão grande é essa que o deveria obrigar a sujeitar-se às formatações que lhe queremos impor?


Guardei o melhor para o fim: leiam este post que o Daniel Carrapa escreveu a propósito da dança sobre o gume da navalha que o Salvador Sobral inventou para a sua vida.



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